São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995
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FMI cobra ajuda a países pobres

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Nenhum governo pode cortar sua ajuda a países pobres com a desculpa de que precisa do dinheiro para equilibrar seu orçamento, disse ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Michel Camdessus.
``Esse é o tipo de álibi que a opinião pública deveria rejeitar", afirmou Camdessus no último dia da 50ª reunião anual conjunta do fundo e do Banco Mundial.
Um dos temas que mais chamaram a atenção dos participantes da reunião foi a exortação feita pelo presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, ao governo dos EUA para não cortar seu auxílio aos países mais pobres.
O Congresso dos EUA resolveu reduzir em 50% a verba destinada à Associação Internacional de Desenvolvimento, entidade ligada ao banco que assiste os 78 países de menor renda no mundo. O presidente Bill Clinton disse que vai se esforçar para reverter a decisão.
Na última entrevista coletiva do encontro, Camdessus teve que responder de novo a questões sobre o México. Ele voltou a argumentar que, sem a ação do FMI, as consequências sociais da crise mexicana teriam sido ainda mais graves e poderiam ter-se alastrado.
O FMI resolveu criar novos mecanismos para lidar no futuro com crises como a do México.
(CELS)

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