São Paulo, sexta-feira, 13 de outubro de 1995 |
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Juiz entra 'para morrer'
VALMIR STORTI
Atribuindo peso um para os amarelos e três para os vermelhos -o que faz a CBF-, sua média de cartões por partida é a maior do campeonato. (VS) Folha - Houve, por parte da Conaf, alguma instrução para reprimir a violência com mais rigor? Léo Feldman - Nós não recebemos nemhuma instrução para sermos mais rígidos. Venho cumprindo a regra da mesma forma que nos outros campeonatos em que trabalhei. Folha - Mas, desde o Mundial-94, tem aumentado a preocupação com o crescimento da violência. Feldman - As cobranças são normais. Todos sabem quando se deve mostrar um cartão vermelho: se for dado um carrinho por trás, se o goleiro colocar a mão na bola fora da área, se um jogador colocar a mão na bola para evitar um gol ou no caso de uma falta em uma situação clara de gol, que chamam de último homem. Folha - Há muita gente reclamando da falta de padrão da arbitragem. Eduardo Amorim, técnico do Corinthians, disse que Marcelinho é expulso por reclamação, mas Renato Gaúcho, do Fluminense, se ajoelhou na frente de um árbitro e não foi punido. Feldman - O time do Amorim perdeu, não é? Folha - Mas foram jogos diferentes. Renato foi expulso contra o Goiás. Feldman - Padronizar a arbitragem na Itália é fácil. Padronizar a arbitragem no Rio, também. Só que o Brasil complica muito. Já cansei de ouvir sobre jogadores que põem as mãos para trás e xingam o árbitro. Folha - No primeiro turno deste Brasileiro, os mandantes receberam 152 vermelhos e os visitantes, 118. O juiz sente pressão do time da casa? Feldman - Essa palavra não existe para mim. O árbitro tem que entrar em campo preparado para morrer. Texto Anterior: Arbitragem no Brasileiro é mais rigorosa Próximo Texto: Média de faltas também aumenta neste ano Índice |
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