São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Rede de fast-food investe em cultivo na Bahia
DA REPORTAGEM LOCAL Uma nova fazenda de camarões, em Valença, no litoral da Bahia, vai produzir crustáceos para a rede de fast-food Vivenda do Camarão.A Vivenda associou-se à Soagro Marina, que, juntas, investiram US$ 2,7 milhões na implantação da fazenda. Segundo o diretor-presidente da Soagro, Ipê Arthur Ferreira Alves Filho, a instalação da fazenda deve ser concluída até o final do ano. Ele prevê que a produção comece em fevereiro ou março de 1996. A meta inicial da Soagro é produzir 2.000 kg/ha/ano de camarões da espécie Penaeus Vannamei. A produção anual deve atingir 270 toneladas de camarões, em área de 135 hectares. ``Como o camarão será industrializado, esperamos duplicar os ganhos em relação à venda do produto in natura", diz Alves Filho. Com a fazenda, a Vivenda poderá economizar dinheiro gasto em estocagem, que precisa ser feita em armazéns frigoríficos. Metade das 200 t de camarões consumidas anualmente pela Vivenda é comprada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, durante a safra (fevereiro a maio), e estocada ao longo do ano. Segundo Fernando Perri, um dos donos da Vivenda, os estoques marinhos de camarão no Sul estão diminuindo a cada ano, por causa da pesca predatória de filhotes, entre outros fatores. ``Já precisamos importar camarões do Peru, devido à falta do produto no mercado interno", diz. Outras 100 t são adquiridas da Maricultura da Bahia. Perri afirma que a a fazenda na Bahia garantirá um abastecimento seguro e constante de matéria-prima às suas lojas. A rede da Vivenda é formada por 14 lojas de fast-food em shopping centers e três restaurantes na Grande São Paulo. Após o início das atividades da fazenda e de investimentos na produção pesqueira em alto-mar, os donos da Vivenda pretendem abrir novas lojas e lançar novos produtos à base de camarão. Na fazenda, está sendo montado um laboratório para a produção mensal inicial de 15 milhões de pós-larvas de camarões da espécie Penaeus vannamei, cujos reprodutores serão adquiridos em países das Américas do Sul e Central. Os viveiros da Soagro consumirão 5 milhões de pós-larvas e 10 milhões serão vendidos a outras empresas do setor. O laboratório terá capacidade para produzir mensalmente até 50 milhões de pós-larvas. Texto Anterior: Fazendas de camarão ampliam negócios Próximo Texto: Empresas querem usar mangue Índice |
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