São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Surdos-mudos acusados de matar enfermeira são julgados pela 3ª vez
ANDRÉ LOZANO
Até as 19h30, o julgamento ainda não havia terminado. O caso já teve dois julgamentos anulados (leia texto ao lado). Ontem, estavam sendo julgados Maximilliam Rodsenko Grande, 23, Osveraldo Teixeira Nascimento e Vladimir Gabriel da Silva. Mais três deficientes auditivos foram acusados pelo crime. Grande é suspeito de ter planejado o assassinato com a ajuda da filha da vítima, Tatiana Leite dos Santos, então sua namorada. O promotor Francisco José Taddei Cembronelli sustenta que Grande e Tatiana teriam planejado o crime porque Jurema estaria interferindo no namoro dos dois. Eles teriam sido ajudados por cinco amigos surdos-mudos. O corpo de Jurema foi encontrado a nove quilômetros de Mogi das Cruzes. Os advogados de defesa, José Carlos Dias, Luís Francisco Carvalho Filho, Antônio Bezerra de Oliveira e César David Marques, alegam que os réus são inocentes. Eles se baseiam no depoimento da mãe de Jurema, Edna Leite dos Santos. Ela afirmou que, na noite do crime, Grande e Tatiana estavam com ela. Foram utilizadas ontem, durante o julgamento, duas intérpretes para traduzir, por meio de gestos, a fala do promotor e dos advogados para os réus. O julgamento começou às 9h e foi presidido pelo juiz Freddy Lourenço Ruiz Costa. Os três acusados que estão sendo julgados hoje estão sendo mantidos presos desde 1990. A Vara da Infância e da Juventude de Mogi das Cruzes absolveu Tatiana e o surdo-mudo Alexandre Cristóvão da Silva, um dos seis acusados, que na época do crime eram menores de idade. Tatiana tinha 14 anos. Texto Anterior: Polícia de NY não tem pistas um mês depois de morte de brasileira Próximo Texto: Dois julgamentos foram anulados Índice |
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