São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Usuários reprovam novo esquema
DA REPORTAGEM LOCAL Os usuários da linha Santos-Jundiaí acreditam que o projeto para a separação dos sexos nos trens não vai funcionar.Segundo o pedreiro Pedro Davi Pereira, 52, que viajava ontem no vagão das mulheres, os atrasos dos trens lotam as estações. Quando o trem chega, as pessoas têm que correr para conseguir entrar. "Vira tumulto e cada um vai entrar pela porta que conseguir. Não dá para ficar olhando se é o primeiro ou o último vagão." "Não vou perder meu horário de trabalho porque só posso entrar em alguns vagões. Não sou contra a separação, mas a safadeza de alguns prejudica todo mundo", disse o motorista Jorge Pereira. Até mesmo as mulheres concordam. "Se não houvesse atrasos nem precisaria separar", disse a costureira Maria Oliveira. A ajudante-geral Cilene Freitas, 33, acabou viajando no espaço reservado aos homens ontem. "Vou tentar subir no primeiro vagão, mas o tumulto é grande." O diretor de operações da CPTM, Telmo Porto, confirmou ontem que há poucos trens para o número de usuários do sistema. Segundo Porto, a CPTM tem hoje 300 trens, mas apenas 200 em funcionamento. Cerca de 1,2 milhão de pessoas usam os trens, sendo que só 900 mil pagam por isso. O restante, segundo a CPTM, invade as estações. Texto Anterior: Vagão feminino em trem fracassa no 1º dia Próximo Texto: Idéia nasceu de denúncia de empregada Índice |
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