São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
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Corinthians apóia proposta de calendário do São Paulo
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
No primeiro semestre de 96, o Corinthians disputa o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Taça Libertadores, como ocorreu já com o Palmeiras em 95. "Se a gente for jogar um dia sim, um dia não, o time não vai resistir", afirmou o técnico Eduardo Amorim. O treinador citou como exemplo o péssimo desempenho do time no primeiro turno do Brasileiro, quando perdeu 7 dos 11 jogos disputados. "Tínhamos saído do Paulista e da Copa do Brasil, dois torneios desgastantes, e não pudemos descansar uma semana." O vice-presidente de marketing do Corinthians, Edgar Soares, ficou satisfeito com a iniciativa do São Paulo. "Eles merecem nosso aplauso", declarou. "Um homem de marketing não pode trabalhar sem um calendário. Para vender o futebol, temos que saber quando um time vai jogar." Pela proposta do São Paulo, elaborada por dirigentes, comissão técnica e jogadores, o Brasileiro passaria a ser disputado no primeiro semestre por 16 equipes, em turno e returno e pontos corridos. Os dois últimos seriam rebaixados à segunda divisão, também disputada no primeiro semestre por 16 clubes. A fase classificatória dos estaduais começaria no primeiro semestre, sem os times da primeira e segunda divisões do Brasileiro. Os vencedores da fase de classificação, no primeiro semestre, disputariam às quartas-feiras, de setembro a dezembro, acesso à segunda divisão do Brasileiro. A fase final dos estaduais seria de setembro a dezembro, com a presença dos grandes clubes. "A proposta é boa, porque dá espaço para os grandes disputarem amistosos, em agosto, diminui o número de jogos inúteis e não deixa os pequenos parados, como acontece hoje em dia", afirmou José Douglas Dallora, consultor da presidência do São Paulo. No tocante aos estaduais, o Corinthians faz uma ressalva à sugestão do São Paulo. "O ideal é ver os grandes disputando os estaduais desde o início, não só pela tradição, mas também pela força do interior", disse Soares. Apesar do comentário do dirigente, o fato de o São Paulo sugerir a fase final do Paulista com 20 times, divididos em dois grupos, deve gerar críticas. Alguns clubes acham que manter 20 times na fase final do campeonato é excessivo. Texto Anterior: As vítimas do esporte Próximo Texto: Santos jogará contra o Cruzeiro reforçado Índice |
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