São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
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FSE facilitará aproveitamento das emendas do Congresso, diz Serra

GUILHERME EVELIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, José Serra, disse ontem que a prorrogação do FSE (Fundo Social de Emergência) pelo Congresso facilitará a manutenção das emendas que venham a ser incluídas pelos parlamentares no Orçamento da União do próximo ano.
Serra ressalvou que o governo não barganhará uma pela outra, mas afirmou que "não dá para negar" que a prorrogação do fundo tornará mais fácil a manutenção das emendas, pois não haverá necessidade de cortes para zerar o déficit de R$ 3,8 bilhões projetado no Orçamento de 1996.
O ministro Pedro Malan (Fazenda) já afirmou que o corte nas verbas para investimentos previstos no projeto orçamentário será o recurso usado pelo governo para equilibrar receitas e despesas, caso o Congresso não prorrogue o FSE.
Ao depor na comissão da Câmara que analisa a prorrogação do FSE Serra disse que a preservação das emendas ao Orçamento dependerá de que elas não promovam "aumento fictício de receitas".
Serra insistiu na prorrogação do FSE por quatro anos. Segundo ele, a prorrogação por dois anos, como vai propor o relator Ney Lopes (PFL-RN), teria o inconveniente de trazer o tema em 1997.
"Não vamos ter condições de temperatura e pressão, num ano pré-eleitoral ou eleitoral, de analisar serenamente essa matéria. A não ser os que não serão candidatos, nenhum deputado vai ficar em Brasília para votar emenda."

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