São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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Mainardi representa o Brasil
AMIR LABAKI
O enredo parte de uma situação bastante similar ao de um belo e superior curta-metragem de Fernando Bonassi, "Faça Você Mesmo" (1992). Um casal de alta classe média pegam um ladrão em sua casa. Temendo uma vingança caso chamem a polícia, enfrentam o dilema: matam-no ou arriscam? A similaridade é acidental. A inferioridade, não. O tom assumidamente cínico da comédia social expressionista de Mainardi soa falso demais na fraca primeira metade, dirigida de forma titubeante. A artificialidade dos diálogos amplia-se com o desempenho caricatural dos protagonistas (Antonio Calloni e Maitê Proença). Na meia hora final, a direção de Mainardi evolui, a trama não tropeça, algumas piadas funcionam. Ele promete a adaptação do novo romance de seu irmão e roteirista Diogo Mainardi, "O Polígono das Secas" (no prelo). Vai ser a prova dos nove. Texto Anterior: 'Eclipse' vê sexo sem alegria Próximo Texto: Godard opõe arte e cultura ao criar seu auto-retrato Índice |
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