São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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Perdão repete modelo usado na dívida externa

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O perdão de parte das dívidas estaduais, pleiteado ontem pelos governadores, imita o modelo utilizado pelo governo federal na renegociação de sua dívida externa, concluída no ano passado.
Argumentando que grande parte da dívida externa se devia a juros exagerados, o governo federal obteve no acordo de 94 um abatimento de US$ 8 bilhões -até o valor coincide com o da redução defendida pelos governadores.
Dois ministros foram os principais defensores, junto aos bancos privados internacionais, do abatimento da dívida externa.
Esse modelo de renegociação com abatimento da dívida foi a base do Plano Brady, proposto pelos Estados Unidos para os acordos das dívidas externas da maioria dos países subdesenvolvidos.
Há, porém, uma diferença básica entre a renegociação da dívida externa e a proposta dos governadores: no primeiro caso, quem arcou com o abatimento foram os bancos; no segundo, a conta caberá ao Banco Central. Ou melhor, ao contribuinte.

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