São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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PF investiga relações pessoais de diplomata
ABNOR GONDIM
A polícia já teria identificado uma mulher como suspeita. Seu nome não será revelado para evitar novos desgastes à instituição. Os nomes dos possíveis envolvidos no atentado só serão divulgados quando a PF reunir provas suficientes para pedir à Justiça a prisão preventiva. Ontem, o ministro Nelson Jobim (Justiça) assumiu a responsabilidade pela divulgação do nome do ex-funcionário do Itamaraty, Jorge Mirândola, como suspeito. Mirândola foi solto na semana passada por falta de provas. O delegado que vai presidir o inquérito, Alberto Lasserre Filho, não quer repetir o erro de seu antecessor, Mario Nakasa, que apontou Mirândola como autor do atentado sem provas concretas. Nakasa se baseou em uma nota fiscal da compra de materiais elétricos pelo ex-servidor em Divinolândia (SP), onde se hospedou por alguns dias. Segundo o assessor de Comunicação Social da PF, Paulo Félix, Jobim disse que, no dia da explosão, 3 de outubro, autorizou o delegado Moacir Favetti, que está interinamente no comando da Polícia Federal, a divulgar o nome do suspeito. "O ministro não viu e não vê nenhum problema na divulgação do nome de um suspeito", disse o assessor da PF. Para Félix, Favetti não será afastado do cargo por causa dos erros na apuração do atentado. Segundo a assessoria da polícia, Lasserre convocou o delegado Pedro Berwanger para ajudá-lo. Berwanger é o responsável pela apuração da carta-bomba que explodiu na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em 1980, que matou a secretaria Lida Monteiro. O marido de Andréia, Léo David, disse ontem que não quer saber qual é o novo rumo das investigações da PF. A diplomata afirmou, na semana passada, que não tem inimigos e sugeriu que o atentado seria contra o Itamaraty. Texto Anterior: Bala de canhão explode em cerimônia no DF Próximo Texto: Dívida rural é refinanciada a 3% ao ano Índice |
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