São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Bala cai a 50 metros de FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Uma bala destinada aos canhões que estavam sendo usados ontem em solenidade na Praça dos Três Poderes explodiu, e uma parte de seus fragmentos caiu a 50 metros da rampa do Palácio do Planalto.No local, estavam o presidente Fernando Henrique Cardoso e o primeiro-ministro da Espanha, Felipe González. Ninguém se feriu. A bala compunha a munição de quatro canhões alemães, de 1923, usados em solenidades oficiais de visita de chefes de Estado. Salva de tiros Com eles é dada a salva de 21 tiros (especial para chefes de Estado). Ontem, porém, foram ouvidos 22, um deles fora do compasso. A bala estava ao lado das peças de artilharia e explodiu, segundo o Exército, antes de ser posta num dos canhões, direcionadas para a área oposta ao Palácio do Planalto. O acidente ocorreu às 10h10, no momento em que era executado o Hino Nacional brasileiro. FHC e González estavam no alto da rampa do Planalto. O fragmento era constituído pela base da bala -uma massa de metal redonda, com várias pontas retorcidas por causa da explosão, pesando aproximadamente meio quilo. O metal estava aquecido. O projétil atravessou toda a Praça dos Três Poderes e caiu no meio do asfalto, rolando depois por cerca de 25 metros. No início da solenidade, cinco minutos antes, o próprio González havia percorrido a pé o mesmo local ao passar a tropa em revista. A carcaça da bala poderia ter atingido qualquer pessoa presente na praça, inclusive FHC e González, já que saiu sem direção. "Por sorte, sorte mesmo, não machucou ninguém", disse à Folha o tenente-coronel Alberto Fonseca, adjunto da subchefia do Exército da Casa Militar da Presidência. A Casa Militar abriu sindicância sobre o acidente. O primeiro-ministro da Espanha, Felipe González, se reuniu pela manhã com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto. Pedido Ouviu o mesmo pedido feito a quase todos os chefes de Estado estrangeiros que têm visitado o Brasil: novos investimentos "nesse momento venturoso do Brasil". Após reunir-se com FHC, o primeiro-ministro teve dois encontros no Congresso, com o presidente do Senado, José Sarney, e Luís Eduardo Magalhães, da Câmara. LEIA MAIS Sobre Felipe Gonzáles à pág. 2-8 Texto Anterior: BC analisa usar dinheiro do compulsório Próximo Texto: Dívida rural é refinanciada a 3% ao ano Índice |
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