São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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Mercado para dentistas está 'superlotado'

GERALDO MAGELLA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

A concorrência enfrentada pelos candidatos a odontologia não acaba no vestibular. Segundo o Conselho Federal de Odontologia, existe, no país, um dentista para cada 1.241 habitantes.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que haja um dentista a cada 1.500 habitantes.
Segundo o vice-diretor da Faculdade de Odontologia da USP, Moacyr da Silva, o mercado está ficando "complicado".
"Se a gente levar em conta a população que realmente frequenta os consultórios, cerca de 10%, a relação cai para um dentista por 124 habitantes", diz.
As dificuldades não param por aí. "Os materiais e os equipamentos são caros. Um consultório básico fica entre R$ 7.000 e R$ 10 mil", afirma Rubens Corte Real, secretário do CRO-SP (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo).
Formada desde julho de 92, a dentista Luciana Xavier da Silva, 26, ainda não tem consultório próprio. Ela trabalha em duas clínicas particulares e divide parte de sua receita com os proprietários.
Luciana, que está acabando a especialização em endodontia (tratamento de canal), também dá aulas na USP, como estagiária docente. "O dentista trabalha muito. E os rendimentos não são tão altos como pensa a maioria das pessoas", diz.

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