São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Gaultier faz salada étnica-caubói-hippie
ERIKA PALOMINO
As primeiras entradas eram em peças de couro branco, assimétricas, minissaias, camisões (um dos fortes da coleção), com furos minúsculos formando estampas. Daí o couro passou a ser misturado com peças em sintéticos, como saias e leggings em látex. E depois com bodies tipo "segunda pele", em tela. Neste momento, as botas caubóis são substituídas por chinelos tipo japoneses, com plataforma. Os bodies vêm estampados em motivos étnicos em tons de marrom e vermelho usados com saias em stretch até o tornozelo. Ao final, os étnicos ficavam mais chiques, ganhando dourados e muitos panos, piercings e mantas. Mas no meio ainda tem coisa: os mais bonitos ternos da temporada. Em risca-de-giz, marinho e marrom, com ombreiras e calças largas. São usados com tops-coletes no mesmo tecido, mais curtos, deixando a barriga à mostra. Gaultier avança no "gender-bender" e põe ternos e camisas masculinas. As camisas são para fora da calça. Quando não, têm o cós dobrado, grandalhonas. As cores são o já consagrado verde-oliva e o coral. Outros hypes de Gaultier: o vestido-camisa até o pé com blazer e o pois irregular e colorido que ganha efeito "tie-dye", manchado. É quando começa o efeito hippie, mais largado. Culmina com os étnicos de volta agora, em grandes túnicas ou cáftans, quase new age. Nova era para Gaultier. A moda pulsa com paixão, enfim. Texto Anterior: Ópera afro celebra o líder negro Zumbi Próximo Texto: Menkes fala de Versolato Índice |
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