São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Paco Rabanne se inspira em Gucci Estilista cria sensualidade urbana ERIKA PALOMINO
Não por acaso, uma das inspirações do novo estilista da Gucci, o americano Tom Ford, foi exatamente o legado 60 do mestre Paco Rabanne. Parece ter sido isso a acordar o gigante que chacoalhou a moda daquela década. Foi pioneiro na criação de vestidos feitos a partir de materiais alternativos como malha de metal, plástico e papel amassado. Rabanne -que apresentou uma retrospectiva nostálgica de sua moda no mês passado em São Paulo com um desfile na Phabrica-, fez tudo certo em seu verão. Silhuetas alongadas e formas estreitas, justas ao corpo, são a base da coleção, basicamente feita em branco, preto e bege. O look é caubói, a princípio em camurça marrom e branca, até chegar às peças em preto (vestidos, saias, macacões) que ganham recortes impecáveis em plástico transparente. Uma sensualidade moderna e urbana, construída sobre habilidoso domínio da estrutura e da forma. Rabanne cria sempre contra o "total look", quebrando a imagem em camisa-saia-bota e às vezes casaco. Destaques absolutos: os bem-cortados macacões frente-única pretos; as saias pelo joelho em camurça bege; a t-shirt em ciré preta escrita Paco em vermelho; as botas de salto grosso e cano alto; o vestido da top model inglesa Stella Tennant com retângulo de plástico no meio; as pantalonas de cintura baixa e pernas largas Ao final, o estilista trouxe à passarela dois jovens assistentes. São eles a honrar o lugar de Rabanne na história da moda. Agora, até Madonna vai querer usar. LEIA MAIS Sobre os desfiles de Paris à pág. 5-9 Texto Anterior: Radicais dão um ultimato ao governo da França Próximo Texto: Linda Evangelista faz cirurgia Índice |
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