São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Glamour é parte das paisagens de Hollywood
DO "LE MONDE" A calçada do Hollywood boulevard, com suas estrelas douradas sobre cada pedra consagrada a um ator, produtor ou diretor, é uma via sacra entre o caminho da cruz e a amarelinha.Vem gente do mundo inteiro para ler os nomes de Selznick, Ed Murphy ou Travolta. O que é impressionante é que aí os santos são, em geral, canonizados em vida, às vezes, muito jovens. Aqui não se conhece o purgatório. É logo o paraíso, ou o inferno. Por outro lado, a imortalidade não está garantida, nem o futuro. Por toda parte, na rua, podem-se comprar star maps, plantas de Hollywood com a localização das casas das estrelas do cinema e da televisão. Excursões de ônibus são organizadas. É claro que ninguém vê os astros. A missão deles é estar justamente em outro lugar. Na impressão do cimento, na frente do Mann's Chinese Theater, por exemplo. Ah, os grandes pés de John Wayne, os pezinhos de Shirley Temple... Um guia indispensável e instrutivo, "This is Hollywood"(Isto é Hollywood), de Ken Schessler, está em sua décima edição e indica, rua por rua, todos os lugares onde estão enterradas as estrelas, as casas onde se suicidaram, onde foram assassinadas, bem como as casas mal-assombradas. Lembrarão de Marilyn diante da casa em que ela adormeceu no dia 4 de agosto de 1962; também diante da Viper Room no 8.852 do Sunset boulevard, onde River Phoenix morreu em 31 de outubro de 1993. Texto Anterior: Indústria pode matar a arte de fazer filmes Índice |
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