São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Campinas lança cartão de saúde para mulher

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) está sendo a primeira cidade brasileira a adotar as recomendações da 4ª Conferência Mundial da Mulher, promovida pela ONU, em Pequim (China), no mês passado.
Depois de amanhã, a cidade implanta em seu sistema de saúde o Cartão Mulher -documento com o histórico das doenças e tratamentos a que a portadora será submetida. Esse documento é uma das recomendações da ONU contidas na Declaração de Pequim e vai funcionar da mesma forma que as cartilhas de vacinação, onde são anotadas datas em que a criança foi vacinada.
No cartão Mulher serão registradas, por exemplo, informações sobre infecções, gravidez, abortos, partos ou mesmo ocorrência de doenças graves como câncer de mama, de colo do útero, de ovário, osteoporose etc.
A chefe da comissão brasileira que foi a Pequim participar da conferência, Rosiska Darcy de Oliveira, assinará o documento que cria o Cartão Mulher.
A iniciativa, inédita no país, vai permitir que as informações da portadora sejam analisadas em qualquer um dos postos de saúde da cidade.
Na segunda-feira também será lançada em Campinas a Cartilha da Mulher, que traz informações sobre os direitos da mulher no trabalho e durante a gravidez.
Exemplo: a cartilha ensina que a mulher que teve um parto prematuro, ou cujo filho nasceu morto, mesmo sendo solteira, terá direito ao salário maternidade correspondente à licença. "Nesse período, o salário, os direitos e as vantagens são integrais", afirma o texto.
A Declaração de Pequim é uma espécie de carta de intenções onde foram definidos 36 pontos que deverão ser adotados até 2001 pelos mais de 180 países que participaram da reunião.

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