São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Vazamento tem multa indefinida

EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA

No último domingo, o navio mercante Canopus, de bandeira maltesa, encalhou perto de Natal (RN), teve o casco perfurado e provocou um vazamento de cerca de 200 mil litros de óleo no mar.
Na última quarta-feira, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ainda estudava as leis para decidir que medidas judiciais iria tomar.
A Capitania dos Portos afirmava que os responsáveis seriam multados em R$ 200 mil.
O Ibama acenava com uma multa de R$ 1 mil por dia até que o problema fosse solucionado.
"Independentemente das multas administrativas -que são insignificantes em relação ao dano causado-, deveria ser proposta uma medida cautelar pedindo a apreensão do navio. Ele serviria como garantia de pagamento de uma futura indenização a ser fixada pela Justiça. O navio só seria liberado se efetuado um depósito em caução que garantisse a indenização", avalia Édis Milaré, especialista em direito ambiental.
Para Milaré, seria necessário também um pedido judicial para que fosse feita uma vistoria para estabelecer o nexo causal entre o dano e o agente que o provocou.
"Em matéria ambiental não importa a culpa do agente. Mas o nexo causal é indispensável para responsabilizar os causadores do dano", explica Milaré.
(EN)

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