São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Governadores reivindicam maior autonomia para atuar no Mercosul

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Os governos do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul querem mais autonomia do governo federal para tratar de relações internacionais na integração do Mercosul.
A "flexibilização" foi defendida no encontro de ontem, em Florianópolis (SC), dos governadores do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) e da Crecenea (Comissão Regional de Comércio Exterior do Nordeste Argentino).
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Vicente Bogo (PSDB), disse que a Constituição argentina permite que as Províncias (Estados) façam convênios e acordos até mesmo internacionais, enquanto no Brasil a competência histórica é do governo federal.
Segundo Bogo, os Estados não querem interferir em áreas de competência federal, como militar, de segurança ou cambial, mas em questões de interesses mútuos, que são viáveis. Ele citou como exemplo o aproveitamento do gás argentino para a construção de uma usina termoelétrica na região de Uruguaiana (RS).
O governador do Paraná, Jaime Lerner (PDT), disse que, com a flexibilização, será possível ampliar as relações e projetos específicos do Mercosul.
O governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB), afirmou que em muitos aspectos os governos estaduais avançaram mais do que os federais e disse que o processo de "ampliação das competências" será conquistado na prática.

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