São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Dorothea prevê superávit maior neste mês

DA SUCURSAL DO RIO

A ministra da Indústria, do Comércio e do Turismo, Dorothea Werneck, disse ontem ter sido de US$ 220 milhões a média diária das exportações nas duas primeiras semanas de outubro.
Com esse resultado parcial, ela acredita na "tendência" de haver superávit (exportações maiores do que importações) na balança comercial deste mês.
Em setembro, o superávit foi de US$ 238 milhões. "Eu diria que neste mês vai ser provavelmente maior", disse a ministra.
Apesar das pressões adicionais do Natal, segundo Dorothea, a tendência é de o país continuar exibindo saldos comerciais positivos "até o final do ano".
Dorothea deu entrevista após lançar o chamado "Programa Novos Pólos de Exportação", na sede da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), diante de cerca de cem empresários.
O objetivo do programa é reunir, inicialmente, 108 municípios que tenham empresas produtoras dentro de lista de 25 produtos com potencial para exportação. A lista inclui calçados, chocolate e autopeças.
Para tornar o programa o mais seletivo possível, cada governo estadual fica encarregado de indicar até cinco produtos que possam integrar o programa no Estado.
Dorothea disse que uma das estratégias é reunir em parceria órgãos governamentais e da iniciativa privada, promovendo iniciativas de incentivo às exportações desses produtos.
O programa vai permitir a identificação de oportunidades de mercado, promoção de feiras no exterior, incentivos ao aprimoramento tecnológico e obtenção de linhas adicionais de financiamento.
Segundo a ministra, trata-se, antes de tudo, de um programa de estímulo à industrialização, de interiorização e de apoio a pequenas e médias empresas.
O Novos Pólos de Exportação é, segundo a ministra, a continuidade de um programa piloto iniciado em 1991/92, quando dois setores foram considerados prioritários para se estimular sua exportação: móveis e revestimento de granito.
Para a ministra, esse "teste piloto foi um sucesso". No setor de móveis, por exemplo, foram então selecionadas duas cidades: São Bento do Sul (SC) e Bento Gonçalves (RS).
"Essas duas cidades hoje representam 84% das exportações de móveis do Brasil", disse Dorothea.
Em 1991, essas exportações somaram US$ 30 milhões e, no ano passado, atingiram US$ 340 milhões. "A meta para o ano 2000 é de US$ 1 bilhão", disse a ministra.
Dorothea ressaltou tratar-se de um "trabalho de soma de esforços" dos diferentes governos com a iniciativa privada. "Na verdade, não temos uma dotação (recursos) orçamentária para gastar."

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