São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995
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Novo presidente da Firjan pede juro menor

DA SUCURSAL DO RIO

O empresário Eduardo Eugenio Gouveia Vieira, 48, assumiu ontem a presidência da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) pedindo ao governo a redução das taxas de juros.
Gouveia criticou as taxas em discurso, após ser empossado pelo presidente da República em exercício, Marco Maciel.
Na solenidade estavam os ministros Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento), Dorothea Werneck (Indústria e Comércio) e Edson Arantes do Nascimento, o Pelé (Esportes).
"Não há como adiar tanpouco a busca de um patamar compatível para os níveis das taxas de juros, hoje considerados excessivos até pelas autoridades monetárias da nação", declarou.
Gouveia Vieira é diretor de petroquímica das empresas Ipiranga, o maior grupo privado nacional em faturamento (US$ 6,5 bilhões por ano).
Ex-presidente do conselho empresarial da entidade, ele sucedeu Arthur João Donato, presidente da Firjan por 15 anos.
A solenidade contou com os governadores do Rio, Marcello Alencar, e de Sergipe, Albano Franco (PSDB), o arcebispo do Rio, cardeal d. Eugênio Sales, presidentes de estatais, juízes e familiares.
O presidente da Câmara dos Deputados, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), saiu antes da posse, que estava marcada para as 17h e começou às 18h10.
No discurso, Gouveia Vieira disse que o país precisa de um "vigoroso ajuste fiscal que reordene as finanças públicas" e pediu a continuidade das privatizações e das reformas.
Ele elogiou o governo Alencar e procurou enumerar as vantagens oferecidas pelo Rio a empresários interessados em investir.
Gouveia disse que o Rio tem "o melhor arcabouço econômico-financeiro para a retomada do crescimento" e que a previsão de investimentos na indústria do Estado até o final da década é de "quase US$ 22 bilhões", com geração de mais de 440 mil empregos diretos.
A Firjan tem 105 sindicatos filiados, representando 16 mil indústrias, com 700 mil trabalhadores no Estado.

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