São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Abertura obriga sindicalismo a mudar

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicalismo brasileiro nascido em 78, com as grandes greves do ABC paulista, está mudando.
A abertura da economia às importações e as novas tecnologias e formas de gestão empresarial trazem dificuldades inéditas com soluções ainda incertas.
"Estamos traçando estratégias para fazer frente a um paradigma de trabalho distinto do existente quando o atual sindicalismo se estruturou, em 78, 79", diz Antonio Prado, coordenador de produção técnica do Dieese, órgão de assessoria econômica dos sindicatos.
Ele considera 1990 como um marco do início da transformação.
No final dos anos 70 e durante toda a década de 80, diz, a principal preocupação dos sindicatos era com salários. "Tentava-se predominantemente repor perdas com a inflação alta e com a manipulação dos índices oficiais", afirma ele.
Hoje, a situação é outra. Com a abertura às importações, a partir de 90, as empresas são forçadas a aumentar a produtividade, adotar novas formas de produção, organização e programas de qualidade total, sob o risco de desaparecer.
"O movimento sindical tem pedido também organização por local de trabalho, participação nos lucros e na reestruturação e acesso às informações das empresas."
Leôncio Martins Rodrigues, professor do Departamento de Ciências Políticas da Unicamp, acrescenta que o sindicalismo de fins da década de 70 era "mais

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