São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Piloto fazia estágio para correr de kart

O Departamento Jurídico do banco Safra não poderia imaginar, há dez anos, que tinha como estagiário uma promessa do automobilismo brasileiro.
André Ribeiro, 29, hoje piloto da Fórmula Indy, frequentava as aulas de direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) de manhã e à tarde fazia estágio.
"Eu usava todo o dinheiro para pagar o kart. Só pilotava no fim-de-semana, escondido da minha família, que não gostava muito da idéia", conta.
"Ganhava uns US$ 300 ou US$ 400. O dinheiro só era suficiente para correr. Precisava adequar essa quantia ao kart."
Ele se consagrou neste ano como o primeiro piloto brasileiro a vencer na Fórmula Indy depois de Emerson Fittipaldi, dia 20 de agosto, em Loudon, leste dos Estados Unidos.
Ribeiro, que estreou no kart na mesma época em que Ayrton Senna começava na F-1, não terminou seu curso de direito.
"Meu pai é advogado. Por isso havia pensado em seguir a profissão", afirma. Em seguida, o piloto conseguiu patrocínio das lojas Bruno Minelli. "Bati na porta, batalhei. Foi meu primeiro patrocinador."
Viajou então para a Europa, para correr pela Fórmula Opel -equivalente à Fórmula Chevrolet no Brasil.
"Hoje estou feliz por estar na principal categoria do automobilismo mundial, que é a Fórmula Indy", afirma, vendendo o seu peixe.

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