São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Novas tecnologias exigem edifício flexível

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Para ser considerado inteligente, um edifício deve ser projetado com três preocupações principais: flexibilidade para receber novas tecnologias, economia de custos de condomínio e segurança.
A flexibilidade é uma exigência de empresas que querem ser competitivas em uma economia cada vez mais globalizada.
Os equipamentos de informática e telefonia ficam obsoletos com uma rapidez cada vez maior.
As trocas constantes são possibilitadas por recursos construtivos como os "shafts", dutos verticais que levam a fiação dos equipamentos para os andares, facilitando trabalhos de manutenção.
Outro recurso é o chamado piso elevado, que permite que a fiação fique sob o piso dos escritórios.
As ligações dos aparelhos não são feitas com tomadas nas paredes, mas diretamente no piso, que é formado por módulos quadrados encaixados uns nos outros.
A economia de custos é obtida por meio do controle das funções do edifício, como o ar-condicionado central, o fluxo de elevadores e o consumo de eletricidade.
Já a segurança refere-se, principalmente, à prevenção de incêndios e à proteção do patrimônio.
Há sistemas que vão desde escadas de incêndio com um ventilador em sua base (para evitar a entrada de fumaça) e sensores (chamados "sprinklers") que, ao detectar elevação anormal de temperatura, acionam esquemas de emergência de combate ao fogo.
A segurança patrimonial é feita, entre outros recursos, por cartões magnéticos e catracas eletrônicas que selecionam quem pode ou não entrar em um setor do edifício.
Mas alguns especialistas consideram que simples presença de tais recursos não garante a eficiência de um edifício.
Para o arquiteto Sérgio Teperman, o desafio está em harmonizar essas funções. "Inteligente é o projeto que permite a utilização plena das modernas tecnologias."
É por isso que as construtoras estão investindo cada vez mais nos projetos dos edifícios.
A Birmann, por exemplo, levou três anos para concluir o projeto do edifício Birmann 21 -sucessor do já inaugurado Birmann 20-, que a empresa espera que se torne uma referência no mercado.
João Teixeira Jr., diretor da Birmann, conta que o projeto custou 6% do valor da obra. A média do mercado, diz ele, é 3%.
(RAm)

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