São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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Custo é obstáculo no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

Poucos dos prédios anunciados como sendo "inteligentes" realmente o são. Para dotar um prédio de todos os recursos possíveis, é preciso alto investimento. E isso é um grande obstáculo no Brasil.
"Hoje, não chegam a 20 os edifícios inteligentes de São Paulo", diz o arquiteto Roberto Bianconi, especialista nesse tipo de projeto.
"A tecnologia da construção nacional se defasou demais nos anos 80", diz Edison Musa, presidente do Council on Tall Buildings no Brasil.
O resultado é que os custos de construção continuam muito altos.
O m² de área útil no sofisticado Birmann 21, por exemplo, deverá ser vendido por cerca de R$ 4.000 quando estiver pronto, em 1996.
Segundo o Datafolha, o preço médio do m2 na região (proximidades da marginal Pinheiros, zona sul) é de R$ 1.411.
Por isso, só grandes empresas investem nesse tipo de obra. "O investimento é recuperado com aumento de produtividade e economia de custos", diz João Teixeira Jr., diretor da Birmann.
Outro exemplo de quanto a tecnologia nacional ainda pode avançar está no período de construção.
O Grollo Tower, na Austrália, que terá 500 m de altura e será o maior prédio do mundo, deverá ser construído apenas um ano.
Já o Birmann 21, com 130 m, ficará pronto em dois anos -prazo que é considerado curto para os padrões brasileiros.

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