São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995
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PC hoje é mais tolerante

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Em seus 46 anos no poder, o Partido Comunista procurou tratar a questão do homossexualismo como crime ou doença. Tentava reverter uma tolerância verificada, por exemplo, na ópera de Pequim, que era famosa por seus travestis.
Tradicionalmente, a ópera de Pequim não tinha lugar para as mulheres, e os homens desempenhavam papéis femininos nas apresentações que misturam música tradicional chinesa, diálogos e acrobacia. Os comunistas pressionaram pela entrada de atrizes no palco.
Os relatos de prisão de homossexuais e internação em hospitais se tornam menos frequentes na China, embora o Partido Comunista mantenha sua cartilha moralista. A ameaça da Aids e as campanhas de prevenção contra a doença obrigam o governo a promover debates sobre homossexualismo.
Estima-se que hoje em Pequim existam 60 pontos de encontros para os homossexuais. Outra estimativa coloca em 30 milhões o número de homossexuais que vivem na China, um país de 1,2 bilhão de habitantes.
(JS)

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