São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995 |
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Informática brilha entre as marcas
NELSON BLECHER
Estão vinculadas a esse setor seis das dez marcas que escalaram posições na lista de 1995. O caso mais expressivo é o da IBM, que saltou da 282ª colocação, no ranking de 1994, para a 3ª -atrás somente da líder Coca-Cola e dos cigarros Marlboro. A Compaq avançou da 30ª para a 17ª posição. Seu patrimônio de imagem cresceu 110% e passou a ser avaliado em US$ 6,8 bilhões. A Intel saltou da 14ª para a 11ª posição, e seu valor é 55% superior ao de 1994. A Motorola, que anunciou neste ano investimentos de US$ 720 milhões para produzir semicondutores na China, avançou da 8ª para a 4ª posição, graças à valorização de 73%. A Hewlett Packard, segunda marca de informática dos EUA e a terceira do mundo, trocou a 10ª pela 5ª posição e vale agora 74% mais do que em 1994. Já a Microsoft, estimada em US$ 11,74 bilhões, não apenas passou a valer 31% mais do que em 1994, como foi apontada como a marca mais bem administrada. A diferença entre o valor da Microsoft para seu proprietário e o que uma típica companhia do mesmo setor poderia obter alcança 237%, segundo a publicação. Conjuntura favorece O avanço das marcas de informática no ranking da "Financial World" reflete o poderio das empresas e o dinamismo do setor, traduzido por sucessivos lançamentos de novos produtos. Foi em 1994 (ano da base de dados utilizados na avaliação das marcas) que a Intel lançou o chip (cérebro do computador) Pentium. Suas vendas cresceram 31% e atingiram US$ 11,5 bilhões. Foi também nesse período que a IBM, líder mundial dos computadores, voltou a ter lucro depois de três anos consecutivos de prejuízos -em 1993, foram de US$ 8 bilhões. Além de impor métodos ortodoxos na administração financeira, seu presidente, Louis Gerstner, tratou de investir em campanhas publicitárias que contribuíram para resgatar a imagem da marca. Já a Compaq, apontada pela "Forbes" como a mais produtiva fabricante de computadores dos EUA, obteve US$ 69,6 mil de lucro por funcionário. Coca-Cola se valoriza Somente três das 25 marcas destacadas no ranking dos pesos-pesados mundiais tiveram desvalorização, em dólares, de um ano para outro: Nintendo (-35%), Winston (-12%) e Pampers (-6%). Pelo segundo ano consecutivo, Coca-Cola e Marlboro encabeçam a lista. A marca Coca-Cola, de acordo com a publicação, vale agora US$ 39,05 bilhões -crescimento de 14% em relação ao ranking anterior, bem superior aos 3% da rival Pepsi. Na categoria de refrigerantes e sucos, Gatorade, da Quaker Oats, foi a marca que registrou maior valorização, com 33%. A marca vale, agora, US$ 920 milhões. Já a marca Marlboro teve avaliação 13% superior à da lista de 1994. O recorde de crescimento na categoria ficou com o Basic, também produzido pela Philip Morris. O setor de tabaco é o que apresenta o maior volume de marcas em processo de desgaste: dez das 18 marcas avaliadas pela publicação valem hoje menos do que em 1994. Próximo Texto: Como é feita a avaliação Índice |
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