São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Magalhães rejeita saída proposta pelo PFL

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, disse ontem que prefere ser destituído da comissão a se abster da votação do projeto de reforma administrativa do governo.
Magalhães rejeita a "saída honrosa" que a cúpula do PFL estava negociando, na hipótese de a executiva do partido determinar hoje aos pefelistas da CCJ o voto favorável à proposta do governo.
Magalhães é um dos rebeldes do bloco PFL-PTB que resistem a votar pelo fim da estabilidade dos funcionários públicos. O comando pefelista quer permitir ao presidente da CCJ a abstenção na votação.
O vice-presidente Marco Maciel e o líder do PFL da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), ficaram encarregados de convencer Magalhães a aceitar a fórmula, mas não tiveram êxito.
"Se o PFL pedir para eu me abster, é melhor me destituir. Vou cumprir meu dever", diz.
Ex-governador de Pernambuco e candidato a prefeito de Recife, Magalhães se tornou a maior dor de cabeça do comando do PFL na votação da reforma administrativa.
Ao contrário de outros governistas rebeldes, ele não pode ser facilmente destituído da comissão, sem criar uma situação política muito delicada para a cúpula pefelista, que está pressionando pelo voto favorável ao governo na CCJ.
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, disse ontem que exigirá obediência à decisão do partido, caso a Executiva determine o voto favorável ao governo.
"Nós temos a responsabilidade de sermos os líderes das reformas no Congresso. E se o partido fechar questão, todo mundo vai ter que votar unido", afirmou.

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