São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Camboja tira armas da polícia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Todos os soldados e policiais na vizinhança dos templos de Angkor Wat, no Camboja, foram desarmados para que não disparassem tiros contra a Lua durante o eclipse total do Sol.
O costume de dar tiros contra a Lua, que o governo diz ser uma tradição guerreira local, frequentemente acaba resultando em ferimentos acidentais de pessoas atingidas pelas balas, quando caem de volta ao chão.
Mas, segundo Toan Chay, governador da Província de Siem Reap, onde estão as ruínas dos templos, os visitantes e moradores vão estar 100% seguros durante o eclipse de hoje.
Ele disse que todas as armas foram trancadas a uma distância de pelo menos 40 km dos templos. "Retirei todas as armas da polícia, do Exército e das milícias, deixando apenas um pequeno esquadrão de polícia para evitar roubos de artefatos", disse o governador.
Ele afirmou que normalmente há apenas 200 policiais patrulhando os templos, mas que as forças de segurança foram ampliadas para 500 homens, por causa dos 1.200 turistas que devem ver o eclipse.
Os costumes cambojanos mais tradicionais, que provavelmente datam da época em que foram construídos os templos de Angkor, nos séculos 12 e 13, dizem que os habitantes devem ir aos templos e rezar par que a Lua não devore o Sol.
"Devo ir aos pagodes (tipo de templos asiáticos) durante o eclipse e deve haver tambores para assustar a Lua e impedi-la de engolir o Sol", afirmou o governador.
Nas Filipinas, autoridades também tomaram severas medidas de segurança para evitar assaltos sequestros praticados por terroristas durante o fenômeno. A polícia recomendou que turistas permaneçam em grupo.

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