São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Peritos gravam vozes de acusados de chacina

DA SUCURSAL DO RIO

Quatro peritos do Departamento de Medicina Legal da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) começaram ontem a gravar no Rio as vozes de policiais acusados de participar, em julho de 1993, da chacina de 21 moradores da favela de Vigário Geral (zona norte do Rio).
O objetivo é comparar as vozes dos acusados com as vozes gravadas em cinco fitas cassete apresentadas ao 2º Tribunal de Júri do Rio pelo coronel Emir Laranjeira.
As fitas trazem supostos diálogos entre o coronel e os policiais, que estão presos. De acordo com as gravações, os policiais acusam outros 16 que estavam em liberdade e inocentam 17 que estavam presos.
No Rio até amanhã, os peritos planejavam ouvir 13 policiais presos e Laranjeira, mas cinco se recusaram a ter suas vozes gravadas. O promotor José Pineiro disse que os policiais que se recusaram a falar podem ter agravado sua situação. "Quem não aceitou gravar, de alguma forma se incriminou".

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