São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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PM acha grupo paramilitar em Pernambuco
FÁBIO GUIBU
O grupo utilizava uniforme azul e, segundo o delegado que apura o caso, Alberes Félix, é formado por 45 pessoas. No sítio, disse Félix, a PM encontrou três revólveres, sete espingardas, um rifle e munição. "Eles faziam papel de polícia, detinham pessoas e apreendiam armas", afirmou o delegado. Na suposta sede do grupo, a polícia encontrou ainda um estatuto da entidade, denominada Apac (Patrulha Aviatória Civil), supostamente fundada em 1950 e sediada no Rio de Janeiro. No documento, de 47 páginas, a organização declara que se propõe a atuar como "instituição apta à prestação de serviço cívico-alternativo ao serviço militar inicial obrigatório". A proposta, diz o estatuto, respeitaria a Constituição brasileira "quando essa possibilidade vier a ser regulamentada por lei ordinária". A Apac se classifica como sendo uma entidade "sem fins lucrativos" e constituída exclusivamente por "voluntários", que pagam uma mensalidade para manter o seu funcionamento. Seus principais objetivos seriam a "prestação humanitária do salvatério, ações de proteção ecológica, educação aeroespacial e realização de programas de formação pessoal". O documento contém ainda um regulamento interno com explicações sobre a hierarquia da organização e as formas de promoção de seus integrantes. Um dos detidos, o piloto de barcos Francisco José Pinheiro, 29, que se identificou como sendo o comandante do grupo, negou as acusações. Ele acusou a PM de invadir o sítio e de agir de forma intimidatória. "Não investigávamos nenhum abrigo de velhinhos", respondeu o major da PM Antonio Neto. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. De acordo com o delegado, os acusados seriam ouvidos e liberados em seguida. Texto Anterior: Vítimas de batida na via Dutra chegam a 25 Próximo Texto: Organização atua em 7 Estados Índice |
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