São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
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PFL e PTB indicam dissidentes
GABRIELA WOLTHERS
O deputado Vicente Cascione (SP) será um dos dois representantes do PTB. Régis de Oliveira (SP) representará o PFL junto com outros quatro deputados. A comissão especial será instalada assim que a CCJ terminar a votação da emenda. Na segunda etapa de tramitação, os deputados têm o poder de alterar o conteúdo do texto aprovado na CCJ. Cascione foi um dos 12 parlamentares governistas que votou na CCJ contra a quebra da estabilidade do funcionalismo público. Oliveira também era contra a quebra da estabilidade, mas mudou seu voto na última hora. Em compensação, votou contra o artigo que dava ao Executivo o poder de decidir sobre processos de fusão ou incorporação de estatais. Cascione também votou contra esse ponto. O governo acabou sendo derrotado na CCJ por dois votos. O petebista se colocou ainda contra o artigo que dá aos estrangeiros a possibilidade de trabalhar na administração pública. O líder do PTB, deputado Nelson Trad (MS), disse que a indicação de Cascione foi "uma demonstração de prestígio à individualidade do deputado". O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse que resolveu "prestar uma homenagem" a Régis de Oliveira. Relator O provável relator da reforma administrativa na comissão especial, deputado Moreira Franco (PMDB-RJ), considera que União, Estados e municípios poderão "dar um corte vertical" nos vencimentos dos servidores que ganharem acima do teto legal tão logo a emenda seja promulgada. Para ele, a Constituição é clara ao afirmar que as remunerações em desacordo com a Carta "serão imediatamente reduzidas aos limites estabelecidos, não se admitindo invocação de direito adquirido". Texto Anterior: Para Bresser, não haverá cortes Próximo Texto: PF não localiza autor das ameaças Índice |
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