São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
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Sindicatos de donos divergem sobre MP
FERNANDO ROSSETTI
Em assembléia do sindicato ontem à tarde, Adib disse às escolas que, agora, haverá no Estado duas situações: escolas que já fizeram matrículas, com contratos baseados na MP anterior (1119), e escolas que farão matrícula e contratos com base na nova MP, 1156. A principal diferença entre elas é que a MP anterior admitia a distribuição ao longo do ano dos aumentos no valor da mensalidade. "Agora só dá para aumentar de dezembro para janeiro, o que dará um reajuste muito maior de uma só vez", afirmou Salomão. "Além disso, agora é preciso prever a inflação e todos os gastos futuros, o que vai contra o Plano Real", acrescentou. A nova MP autoriza as escolas particulares a cobrarem em 1996 valores maiores que em 95. A inovação é exigir a justificação do aumento por meio de uma planilha. Para aumentar o preço, a escola deve calcular quanto a mais vai gastar no ano -por exemplo, com o aumento para os professores- e incluir tudo na mensalidade de janeiro, que fica fixa. Pais e alunos podem negociar com uma comissão. Se não resolver, podem recorrer ao mediador. A obrigatoriedade da planilha de custos e a possibilidade de negociação agradou associações de pais e alunos. Outros sindicatos também aceitaram bem a MP. Para o presidente do Semesp (sindicato das faculdades particulares), Gabriel Mário Rodrigues, 63, "essa medida provisória é melhor do que as outras". Rodrigues afirma que a MP "traz um avanço na relação entre as escolas e o consumidor". O Grupo-Associação de Escolas Particulares, que reúne 53 escolas, critica por um lado a MP e elogia por outro. "Qualquer intervenção no setor privado não é vista com bons olhos", afirma seu presidente, Sylvio Gomide, 42. "Por outro lado, a gente vê que o governo quer fixar parâmetros para coibir abusos. Faz parte do papel do governo fazer isso." (FR) Texto Anterior: Mudança pode prejudicar pais Próximo Texto: Campeão de patins critica pistas da cidade Índice |
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