São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Economista vê revolução
SILVANA QUAGLIO
Camargo é economista e consultor da Organização Internacional do Trabalho. Para ele, o acordo Ford/CUT é um marco porque se trata de uma flexibilização de direitos que estão inscritos na Constituição, normalmente vistos como intocáveis. "É uma sinalização para a necessidade de mudar a legislação", afirma Camargo. O professor tem se notabilizado pela defesa da mudança, por exemplo, na forma de negociação entre trabalhadores e patrões. "No Brasil, convencionou-se que a negociação se dá na Justiça do Trabalho. Portanto, toda negociação ocorre depois da demissão." O acordo, que prevê a adequação da jornada de trabalho à produção, segundo Camargo, é um primeiro passo para tornar as relações de trabalho mais cooperativas e menos conflitantes. Para o diretor-executivo do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), Pedro Paulo Martoni Branco, o acordo é "consequente". "É adequado porque preserva parâmetros básicos que regiam o acordo anterior, ajusta o volume de horas de trabalho à sazonalidade da produção e reverte a terceirização que poderia ser exagerada", diz Branco. Para ele, o acordo deverá resultar em ganhos de qualidade para a Ford e na garantia do emprego para os trabalhadores. Texto Anterior: Mercedes-Benz vai cortar benefícios de funcionários Próximo Texto: Ford concede férias a 7.000 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |