São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995
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Inflação sobe e vai a 1,41%, diz Fipe

Alta foi de 0,16 ponto percentual

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação subiu 0,16 ponto percentual e ficou em 1,41% na terceira quadrissemana de outubro (30 dias terminados em 23 de outubro e comparados com os 30 dias anteriores).
O cálculo, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), vale para as famílias paulistanas com renda entre um e 20 salários mínimos.
Heron do Carmo, coordenador do IPC da Fipe, prevê que a taxa de outubro fique ao redor de 1,6%, um pouco abaixo do intervalo entre 1,7% e 2%, previsto inicialmente. Há um ano, a inflação de outubro ficou em 3,17%.
A Fipe prevê que a taxa da inflação terá quedas até o final do ano. O índice de novembro deve ficar ao redor de 1% e o de dezembro, um pouco abaixo deste patamar.
Alimentação e vestuário são os únicos fatores capazes de impulsionar o índice para cima. Os demais itens devem pressionar em sentido contrário.
"Se não houver aumentos de tarifas, a inflação acumulada deste ano deve ficar em 23%", diz Heron do Carmo.

Aumentos
Alimentação, transporte e despesa pessoal foram os itens que mais contribuíram para a alta na terceira quadrissemana.
Na alimentação, o aumento de 0,31 ponto percentual ocorreu principalmente pelas altas do pão francês (em consequência dos recentes reajustes da farinha) e do açúcar.
No transporte, essa quadrissemana representa o pico do aumento de combustível, anunciado no mês passado. A partir da próxima quadrissemana, a tendência é de queda, segundo Heron do Carmo.
A alta de 0,27 ponto das despesas pessoais é consequência do reajuste dos cigarros. Segundo a Fipe, sem os aumentos de cigarro e combustível o índice atual seria menor do que 1%.
O item vestuário, que passou de 0,94% (segunda quadrissemana) para 0,24% (terceira), foi a "surpresa" desse período.
"A tendência seria o vestuário subir no lançamento da coleção primavera-verão, que acontece agora", diz.
Também contribuíram para segurar o índice os gastos com saúde (redução de 0,16 ponto percentual) e com moradia.
A redução de 0,09 ponto percentual nos gastos com habitação é consequência, principalmente, dos aluguéis, que caíram 0,51 ponto percentual na quadrissemana. As despesas com educação estão estáveis.
Ontem, foi divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do Ipead, instituto de pesquisas de Minas Gerais. A taxa ficou em 1,33% na terceira quadrissemana de outubro, com alta de 0,21 ponto percentual sobre a segunda.

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