São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Bispos decidem investir em TV católica
FERNANDO MOLICA
A geradora da TV católica pertence ao grupo do empresário João Monteiro de Barros Filho, que detém a TV Independente, de Barretos (SP). A RVT é gerenciada pelo Inbrac (Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã). Na reunião dos arcebispos, foi decidida a realização de uma campanha que visa obter, de cada paróquia brasileira, uma contribuição mensal de R$ 50,00 para a RVT. Isso permitirá uma arrecadação mensal de cerca de R$ 380 mil. Entre os arcebispos que resolveram investir na Redevida está o de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns. De acordo com Monteiro de Barros, d. Paulo considerou viável a compra de equipamentos estimados em R$ 850 mil. Os equipamentos permitirão a ampliação do sinal da RVT -transmitida para a cidade de São Paulo- no canal 40 de UHF. Com este aumento, a RVT poderá ser vista, em canal aberto, nos municípios da região metropolitana da cidade. Atualmente, a Redevida é captada apenas pelos possuidores de antenas parabólicas, assinantes de TVs pagas e por moradores de cidades onde o sinal é transmitido em canal aberto, como São Paulo. Segundo Monteiro de Barros, em 90 dias, o sinal da RVT poderá ser captado livremente também em Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. O arcebispo do Rio, d. Eugênio Sales, disse considerar viável o plano de expansão da RVT para sua arquidiocese. Isso, porém, depende da concessão de uma repetidora para a cidade. Na reunião, os 11 arcebispos presentes decidiram que a CNBB irá empenhar-se junto ao governo para obter autorizações que viabilizem a instalação de emissoras repetidoras da Redevida. A RVT protocolou no Ministério das Comunicações pedidos para a instalação de 332 repetidoras. O arcebispo de Mariana (MG), d. Luciano Mendes de Almeida, negou que a Redevida tenha como objetivo principal combater a presença dos evangélicos na TV. Afirmou, porém, que a existência da Rede Record (de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus) "desperta uma vontade a mais neste trabalho". Texto Anterior: Senador pede reforma fiscal Próximo Texto: Presidente aponta 'intolerância' Índice |
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