São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995 |
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'Não desejo isso nem a um inimigo'
KENNEDY ALENCAR
Segundo ela, o crack só fez efeito a partir da terceira vez em que fumou. Lúcia afirma que sentiu uma euforia enorme: "Deu aquele 'tóim', mas passou rápido". O marido, que era policial militar e também fumava crack, morreu, segundo ela, assassinado numa briga de traficantes de crack. Ela conta que o marido foi exonerado da polícia antes de morrer porque roubou um radioamador para trocar por drogas. Lúcia diz que vendia todos os seus objetos pessoais para comprar crack. Ela relata que a fissura do crack é maior que a da maconha, droga que havia experimentado antes. Com 26 anos, sua profissão é auxiliar de enfermagem. Tem dois filhos, um com 2 e outro com 4 anos. Afirma que se internou porque o Juizado de Menores ameaçou tomar a guarda de seus filhos. As crianças estão temporariamente com uma amiga. Lúcia está na Casa de Saúde de Santana há três meses. É a segunda vez que se interna: "Hoje me sinto feliz porque consegui largar o crack e vou voltar a viver com meus filhos. Não desejo isso que vivi nem para um inimigo." (KA) Texto Anterior: 'Vendi quase tudo o que eu tinha' Próximo Texto: Cuidados na gravidez evitam cárie em criança Índice |
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