São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Clínico diagnostica doença sem exames Paciente sofre de febre do mediterrâneo ALESSANDRA BLANCO
O diagnóstico foi fácil. Hein estava sofrendo de pleuropericardite, uma inflamação na pleura (membrana que envolve os pulmões) e no pericárdio (saco que reveste o coração). Isso causava o aparecimento de água entre a pleura e o pulmão e a dor no peito. O que os médicos não descobriram era o que provocava o problema. Hein ficou internado uma semana no Albert Einstein drenando água dos pulmões. Passou por um cardiologista, um reumatologista e um pneumologista. Fez de radiografias a eletrocardiogramas e biópsia. Tomou anestesia geral para fazer um exame no intestino e após uma semana voltou para casa, sem conhecer sua doença. "Fui cobaia. Os médicos recorreram aos exames para especular sobre minha doença." Hein saiu do Einstein para o Sírio Libanês, onde ficou internado para exames, sem resultados. Procurou um clínico geral. "Ele não quis ver exames, perguntou minha origem e deu o diagnóstico: febre do mediterrâneo." Trata-se de uma doença crônica que aparece em pessoas da região do Mediterrâneo, em árabes e em judeus. Hein é de origem judia. Não há exames que comprovem a doença. "Ele me disse para tomar um remédio. Se a dor passasse, o diagnóstico estava correto e foi o que ocorreu. Tomo o remédio todos os dias." Texto Anterior: Clínico critica exame inútil Próximo Texto: EUA combatem especialização Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |