São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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Quantia define rendimento dos FIFs

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Os bancos estão transferindo para os novos fundos de investimento o conceito aplicado aos CDBs: quem tem mais para aplicar ganha juro maior. O diferencial é obtido por meio da taxa de administração.
Várias instituições criaram duas ou três carteiras de FIFs com o mesmo perfil, mas com taxas ao ano que vão de 0,5% para aplicações mais polpudas até 4% para as mais baixas. O investidor que tem mais dinheiro obtém rentabilidade entre 99,5% e até 100% do CDI.
Mesmo descontando 0,5% ao ano (0,04% ao mês), o administrador consegue repassar para o fundo o CDI pleno, porque aplica o dinheiro no Selic, cuja taxa está acima do interbancário.
O cliente deve ficar atento a esse detalhe. Um fundo cuja taxa de administração seja de 2% ao ano projeta rentabilidade ao redor de 96% do CDI. Aquele com taxa de 4% ao ano vai render bem menos, em torno de 93% do CDI.
Ignorados pelo mercado e pelos investidores, os fundos de 30 dias podem começar a ganhar terreno a partir do mês que vem.
A expectativa da volta do imposto sobre o cheque, a CMF (Contribuição sobre Movimentação Financeira), a partir de 96, está levando muitos bancos a rever seus planos de só operar com carteiras de curto prazo e de 60 dias.
Os administradores prevêem que o imposto vai reduzir a vantagem do CDB sobre o fundo de 30 dias, que sofre com o compulsório de 5% sobre o patrimônio. Em alguns bancos, o CDB paga mais do que a projeção do FIF/30, até para pequenas quantias.
O investidor que costuma renovar o CDB passará a pagar o imposto a cada vencimento. E como o fundo foge do imposto e mantém o prazo de 30 dias, deve crescer a partir de dezembro.

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