São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995 |
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não é de se jogar fora texto Cristina Zahar CRISTINA ZAHAR
O número poderia ser bem maior. Segundo o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), entidade que reúne 12 empresas preocupadas com a questão, a cidade teria condições de reciclar 25% de seu lixo. A meta para daqui a um ano, diz Paulo Gomes Machado, diretor do Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal de Serviços e Obras, é chegar a 10%. "Podemos atingir até 20%, que é a taxa de vários países de Primeiro Mundo", emenda. Na gestão de Luiza Erundina (1990-1993), a prefeitura instituiu a coleta seletiva residencial, ainda que a um custo alto. A experiência cobria apenas 31 bairros. A atual gestão tentou acabar com esse serviço, mas voltou atrás devido a pressões da população e dos vereadores. Hoje, a coleta é feita, com mais falhas ainda, "apenas para não desestimular as pessoas", como admite Gomes Machado. Mas a necessidade em ampliar a reciclagem é tanta que a prefeitura já prepara um edital para terceirizar a coleta seletiva. A previsão é de que o serviço esteja operando experimentalmente em três meses, nos bairros de Pinheiros, Lapa e Butantã, próximos à usina de triagem de Vila Leopoldina (zona oeste). Os cidadãos mais abnegados contam com 60 postos de entrega voluntária (PEV) na cidade, número que deve chegar a 200 até o final do ano, segundo a prefeitura. A coleta nesses pontos é irregular, feita por caminhões especiais. Há postos em todos os parques municipais. Para saber qual o mais próximo da sua casa, ligue para o "Alô Limpeza" (tel. 229-3666). Felizmente, a administração não é a única a se interessar pela coisa. Várias empresas já acordaram para a questão da reciclagem. Texto Anterior: FICHA Próximo Texto: não é de se jogar fora Índice |
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