São Paulo, domingo, 29 de outubro de 1995
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Enfeites de Natal fazem orçamento aumentar

CARMEN BARCELLOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Natal traz boas oportunidades para quem quer trabalhar em casa e engordar o orçamento no final do ano. A confecção de enfeites, por exemplo, é uma opção bem lucrativa (leia quadro abaixo).
Fazendo guirlandas (ornamentos com ramos e fitas), é possível obter lucro de até 900%, segundo Andréia Vergara, 27, proprietária da Zíngara Artes Especiais.
"Apesar de o gasto com material ser baixo (cerca de R$ 2), é um produto muito trabalhado e valorizado pelos detalhes", justifica.
O mesmo ocorre com os arranjos de mesa, cujo retorno chega a 400%. No presépio de três peças é possível faturar 350% e nas árvores de 35 cm de altura, 300%.
Nas empresas que apostam nesses produtos, o faturamento cresce até 50% a partir de setembro.
Competindo com bolas de tecido ou de plástico, Rubens de Calais Jesus, 57, tem uma fábrica das tradicionais bolas de vidro, nos fundos de sua casa, em São Paulo.
Com 44 anos de experiência no ramo, ele diz que o negócio exige conhecimento do processo de fabricação, que é todo artesanal.
O vidro é derretido e assoprado para formar a bola. Depois, ela é espelhada, pintada e cortada. Além de três funcionários, Jesus paga R$ 120 por mês para seis meninos, que ajudam no acabamento.
A Só Velas, sediada em Embu-Guaçu (35 km a sudoeste de São Paulo), espera faturar, até dezembro, R$ 80 mil com a venda de 3.000 velas decorativas.
Margarida Pons, 49, dona, afirma que está no limite de produção, com mil unidades por mês. São 40 modelos diferentes.
"Os ganhos nesta época correspondem a mais de 50% do total do ano", afirma. Ela conta com cinco funcionários e, nos finais de semana, toda a família trabalha.
Para Denise Corazza, da Toque Tropical, que produz arranjos para mesa e para presente, as vendas sobem até 60% antes do Natal.
Ela já recebeu encomendas de mil peças, por preços que variam de R$ 8,50 a R$ 60.
Saturnino Santos Júnior, 38, da Pólis, pretende vender 20 mil cestas de Natal para empresas. Com um preço médio de R$ 30 por unidade, ele calcula um faturamento de R$ 600 mil -150% a mais do que no resto do ano.
A Portomaggiore aposta nas cestas de produtos importados. Ernesto Romano, dono, prevê a venda de 10 mil unidades e um faturamento de R$ 1 milhão -cerca de 30% a mais do que em 94.

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sobre Natal à pág. 8-2.

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