São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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Cerqueira quer apurar erro FERNANDA DA ESCÓSSIA FERNANDA DA ESCÓSSIA; FERNANDO PAULINO NETO
Por volta das 17h30 de sábado, Alencar disse à família que o rapaz fora libertado e desmentiu a informação duas horas depois. A informação teria surgido por causa de uma operação que policiais da Divisão Anti-Sequestro fizeram na favela de Vigário Geral. Cerqueira disse que soube da libertação por pessoas amigas que ouviram a notícia na TV Globo durante a transmissão do segundo tempo do jogo Fluminense e Palmeiras, sábado à tarde. "Confirmei a libertação com policiais que participavam da operação. Acho que houve um erro de comunicação devido à pressão emocional, problemas com equipamentos e expressões", disse. O general disse que não divulgaria os nomes dos policiais com quem conversou, mas que pedirá relatórios a toda a equipe envolvida na operação, para identificar o momento da confusão de informações e tirar ensinamentos. "Foi difícil para a família, mas espero que eles vejam o lado positivo da situação e o empenho da polícia em continuar as buscas". O diretor da Divisão Anti-Sequestro, Alexandre Neto, disse que em nenhum momento recebeu ou divulgou a confirmação oficial sobre a libertação de Vieira Filho. Ele disse que soube do fato pela TV. "Tentei confirmar e não consegui. Não disse a ninguém que o rapaz foi solto. Acho que houve precipitação da TV Globo". Amauri Soares, editor do "Jornal Nacional", disse que só o diretor de jornalismo, Evandro Carlos de Andrade, pode falar do caso. Na casa de Andrade, ninguém respondia ao telefone às 17h30. A Folha apurou que a TV Globo conseguiu a informação da libertação do estudante com o delegado Alexandre Neto. Texto Anterior: Euforia da família dura pouco Próximo Texto: De mãos dadas, amigos rezam pela libertação Índice |
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