São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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MP pode indicar promotor para inquérito
HUMBERTO SACCOMANDI
A decisão cabe ao procurador-geral de Justiça do Estado, José Emmanuel Burle Filho, que dirige o MP estadual. Esse procedimento é adotado normalmente só em inquéritos complexos ou de grande interesse público. O caso da "fita do suborno" preenche esses dois requisitos. Há indícios de atuação do esquema de suborno de árbitros de futebol em vários localidades do Estado, tanto no interior como na capital. Assim, o promotor pode fazer um acompanhamento geral das investigações, conectando fatos de inquéritos diferentes. Além disso, se confirmadas as revelações feitas na fita gravada com o ex-árbitro Wilson Roberto Catani sobre o esquema para fabricação de resultados no Campeonato Paulista, a investigação pode se tornar o maior escândalo de corrupção do futebol brasileiro. O trabalho conjunto entre polícia e MP facilita e acelera as investigações. Foi o que aconteceu no caso das torcidas organizadas. A atuação do promotor Fernando Capez apressou os resultados. O MP conseguiu rapidamente, junto à Justiça, a suspensão da atividade da torcida palmeirense Mancha Verde. No caso da fita, compete agora à polícia levantar as provas -materiais e testemunhais- dos supostos crimes relatados. Com base no material colhido pela polícia, o procurador-geral de Justiça decide se denuncia ou não à Justiça os eventuais responsáveis. Texto Anterior: Pelé quer ver esclarecido caso da 'fita do suborno' Próximo Texto: Rubras faces punem com cartão amarelo Índice |
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