São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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Lançamentos reúnem tiras de Glauco e Laerte
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
"As Espocadas de Geraldão" tem nove histórias do personagem virgem, que é tarado pela mãe, intercaladas por páginas com "Temas Impertinentes", sobre situações do dia-a-dia. Os leitores podem escolher se começam a ler os dois livros a partir da primeira página, como se estivessem diante de uma história em quadrinhos, ou se abrem numa página aleatória e lêem como se fossem tiras de um jornal diário. Laerte explica que isso só é possível porque, nas tiras diárias, ele procura fazer pequenas aventuras para a história ficar "mais ágil", sem perder o sentido e a graça para quem abre o jornal só num dia. "É um compromisso entre a leitura diária e o desejo de fazer o personagem viver situações que se prolonguem por mais de um dia." Para esta edição, ele selecionou as melhores tiras publicadas nos jornais com os personagens Gato e Gata, um casal de felinos que mora no condomínio imaginado pelo cartunista. As tiras do livro de Laerte foram agrupadas por aventuras, sem títulos para separá-las. Numa delas o Gato tenta descolar com o cineasta Steven Spielberg a produção de seu primeiro filme "A Safira do Faraó." O livro traz também tiras do Micoleão, um animal à beira da extinção, mas que pensa em sexo como algo mais do que um simples ato de reprodução. A vantagem dos personagens de animais, segundo Laerte, é que eles permitem a identificação por parte de um maior número de leitores, dos 8 aos 80 anos. Ele diz, porém, que pessoalmente não vê Gato e Gata como adolescentes, mas como um casal "maduro". Para as próximas edições, Laerte pensa em reunir tiras de outros personagens dos dois principais núcleos de suas tiras: "Piratas do Tietê" e "Condomínio". Ele conta que, quando começou a fazer as tiras, os dois núcleos eram bem distintos, mas depois surgiram pontos de contato. Inicialmente, os "Piratas" foram criados para romper com as regras tradicionais dos quadrinhos. Laerte diz que odeia morar em prédio e que criou o núcleo do "Condomínio", quando se mudou, pela primeira vez, para um edifício, utilizando os vizinhos como fonte de inspiração para seus personagens. Texto Anterior: Vida real brasileira tem novos personagens Próximo Texto: Centro Cultural faz ciclo sobre homem do campo Índice |
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