São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995 |
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'obras são apenas decorativas'
MÔNICA SANTANA Para o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Curitiba não é uma cidade de Primeiro Mundo. "É uma capital que tem problemas sérios na habitação, na geração de empregos. Até o trânsito anda caótico", diz ele, que foi secretário de Política Habitacional de Curitiba entre 1985 e 1989. Segundo ele, obras como os Faróis do Saber e a rua da Cidadania são "demagógicas, decorativas e desnecessárias"."Cada Farol do Saber custa cerca de R$ 150 mil. Com esse dinheiro, dava para equipar as bibliotecas das escolas. Mas obras caras fazem parte da sua visão elitista. Ele aumentou a tarifa de ônibus três vezes desde a implantação do Real." Outro que ataca a administração de Greca é o vereador Tadeu Veneri (PT). "Curitiba tem um lado iluminado e outro cruel, na periferia. Lá, os moradores não têm esgoto, ônibus ou diversão cultural." Ele cita o Bairro Novo. "São 8.000 lotes com uma só linha de ônibus e uma rua asfaltada." Veneri compara Curitiba a uma casa com a sala de visitas arrumadinha e os cômodos caindo. "A sala é a Ópera de Arame, o Jardim Botânico. Os cômodos são Bairro Novo, Gleba da Ordem e Vila Verde, na periferia". Texto Anterior: dom rafael, o venturoso Próximo Texto: nostalgia em pele de Lobão Índice |
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