São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995
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TV busca patrocínio para novos projetos

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Passada a crise, a TV Cultura aposta no setor privado para o financiamento de novos projetos. A meta do presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, 62, é atingir R$ 15 milhões de receita adicional com patrocínios até o final de 1996.
A Fundação Padre Anchieta, instituição que administra a TV Cultura, receberá no ano que vem R$ 49 milhões do governo do Estado de São Paulo -responsável pela manutenção da emissora.
"O dinheiro é suficiente para a folha de pagamento e o custeio, mas precisamos buscar recursos junto à iniciativa privada para continuar produzindo", afirmou Cunha Lima.
Entre os projetos que dependem de patrocínio está a "Fazenda Rá-Tim-Bum", versão rural do "Castelo Rá-Tim-Bum" -um dos programas de maior audiência da Cultura (com média de nove pontos, que significam cerca de 900 mil telespectadores na Grande São Paulo).
"A idéia é ampliar o universo das crianças da cidade apresentando questões do campo", disse Bia Rosenberg, 41, chefe do Departamento de Programas Infantis da emissora.
Cunha Lima também tem planos de realizar quatro filmes (longas-metragens) em 1996. "Não vamos vender espaço publicitário para arrecadar dinheiro, mas a empresa que nos apoiar poderá assinar a produção conosco."
A emissora também vai procurar patrocínio para programas já existentes. A idéia é seguir a linha do "Jornal da Cultura 60 Minutos", que já conta com o apoio de uma companhia aérea -o nome da empresa aparece depois da vinheta "apoio cultural".
A crise na Cultura começou com a redução de R$ 57 milhões para R$ 35 milhões no orçamento deste ano -uma das medidas de "enxugamento" do governo. A emissora demitiu 250 funcionários no primeiro semestre.

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