São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995 |
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Prefeitura interdita escola judaica
ANDRÉ LOZANO
A prefeitura deu prosseguimento ontem à blitz iniciada na semana passada para verificar os estabelecimentos comerciais que funcionavam irregularmente nos jardins Europa e Paulistano. Esses bairros estão situados em região Z-1, ou seja, estritamente residencial. Não é permitida a instalação de estabelecimento comercial nesses locais. "Estou indignada com o fechamento da escola, primeiro por causa do momento que a coletividade judaica passa, em razão do atentado em Israel, depois pela forma agressiva como foi feita, com a presença da polícia e da imprensa", disse a diretora da escola Lubavitch, Raquel Bastes. Ela afirmou que recorrerá judicialmente do fechamento administrativo da escola. "As crianças não podem perder o ano letivo", disse. O diretor do Contru afirmou que a escola não possuía licença de funcionamento e que, por isso, não cabe recurso na prefeitura. Venturelli afirmou que não sabia que no endereço passado ao Contru como sendo de um imóvel clandestino funcionava uma escola judaica. "Não imaginava", disse. "Só a Justiça poderá permitir que a escola continue funcionando. Para a prefeitura, a escola está irregular e tem 24 hora para cessar suas atividades", disse Venturelli. Estudam na escola 130 alunos. O colégio só poderá continuar funcionando se a escola obtiver na Justiça liminar nesse sentido. Caso contrário, os alunos não poderão retornar às aulas a partir de hoje. Quatro equipes da prefeitura realizaram ontem 15 vistorias nos dois bairros e fecharam nove estabelecimentos comerciais. Ao todo, a prefeitura já fechou 37 imóveis irregulares na região. A blitz foi solicitada por moradores, que enviaram ao prefeito relação dos imóveis clandestinos. Texto Anterior: Ex-secretário recebe homenagem em SP; Cheryl Studer cancela apresentações em SP; SUPERSENA Próximo Texto: Contru volta a vistoriar Jardins Índice |
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