São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995 |
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Autor de 'O Quatrilho' prepara novo livro
FERNANDA DA ESCÓSSIA
Os personagens serão os que aparecem já velhos e de passagem em "O Quatrilho", como os pais do protagonista Ângelo Gardone, vivido no filme por Alexandre Paternost. O romance, ainda sem título, começa na Itália, em 1883. O autor vai enfocar o amor de Rosa e Aurélio Gardone e a decisão do casal de vir para o Brasil. Outros dois casais de "O Quatrilho" estarão no novo romance. "Vou mostrar o início da história desses jovens, que no primeiro livro estão velhos e desiludidos. Mais do que o drama, o forte desse romance é o conteúdo épico", disse Pozenato. Como em "O Quatrilho", Pozenato quer aliar no novo romance pesquisa histórica e ficção. A diferença é que, no primeiro livro, o gancho dramático era uma história real que ele ouviu de um amigo. O novo livro já consumiu dois anos de investigações sobre a chegada dos italianos ao Sul e o trabalho dos imigrantes no cultivo de uva para a produção do vinho. "Agora não tenho uma história específica, mas um contexto histórico sobre o qual criar. Difícil é tempo para sentar e escrever, depois do turbilhão do filme." A parceria com o cinema fez com que o romance "O Quatrilho" tivesse três edições este ano, pela editora Mercado Aberto. Escrito em 1985, o romance tivera até 1994 sete edições. "Vendi 40 mil exemplares em 10 anos. Com o cinema, perdi a conta de quantos conhecem minha história", disse Pozenato. O produtor do filme, Luís Carlos Barreto, afirmou que "O Quatrilho" já foi visto por 600 mil pessoas. A meta é chegar a 1,2 milhão de espectadores. Barreto disse que "O Quatrilho" foi escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil no Oscar, concorrendo a melhor filme estrangeiro de 1995. Segundo o produtor, o filme está inscrito também no Globo de Ouro, outra premiação cinematográfica do mercado americano. Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Pozenato deixou a Igreja para escrever livremente Índice |
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