São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Os pasquins digitais

MARIA ERCILIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma dupla de engraçadinhos armou páginas falsas na Web para os candidatos americanos à Presidência. Há páginas para Clinton, Bob Dole (http://www.dole96.org), Colin Powell (que nem lançou sua candidatura ainda; no http://www.powell96.org), Pat Buchanan... (http://www.buchanan96.org).
Alguns dos candidatos já lançaram páginas "oficiais" na Web. A de Dole, por exemplo, fica no http://www.dole96.com.
À primeira vista as páginas parecem normais, mas depois se notam piadinhas absurdas no texto. É fácil seguir o caminho das páginas falsas: cada uma delas tem ligações para todas as outras. Mas só para confundir, elas têm ligações também para as páginas oficiais dos candidatos.
Os bem-humorados autores da brincadeira montaram uma empresa chamada Satire Online e obviamente estão procurando propaganda fácil.
Essas páginas estão provavelmente abrindo uma temporada de grafites digitais sobre a corrida presidencial americana. A Web é um ótimo canal para pasquins e sátiras, já que a publicação é tão fácil e imediata. Está certo que há algum exagero sobre a penetração da Internet, mesmo nos Estados Unidos: somente 3% dos americanos têm acesso direto à rede.
Cyberfeminismo
O hilariante teste "The Maze of Misconception" merece uma visita. Faz parte do anúncio do álbum feminista "Ain't nothing but a She-Thing" na Pathfinder (http://pathfinder.com).
As páginas foram preparadas pela cyberfeminista e doidinha Heidi Dangelmaier e são um raro casamento de bom humor e militância. Nem tudo na Internet são nerds e adolescentes do sexo masculino.
Cyberpornografia
Continua a guerra da cyberpornografia nos Estados Unidos. Aclu (União Americana de Liberdades Civis) prepara um protesto para o caso de a Emenda Exon (que proíbe a transmissão de "indecência" pela Internet) ser aprovada. A entidade procura pessoas que usem a Internet para transmitir material que possa ser considerado obsceno. A idéia é que voluntários desafiem a emenda de propósito e a Aclu pague a conta do processo, para provocar discussão sobre o assunto.
Está circulando também na Internet uma campanha de usuários que telefonam e mandam correio eletrônico para o Congresso, para protestar contra a emenda.
Tem novas pressões na parada agora: a Direita Cristã americana faz um lobby para tornar ainda mais severa a censura na comunicação via computador.

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