São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Fracassa nova ação para libertar estudante

CLÁUDIA MATTOS
SERGIO TORRES

CLÁUDIA MATTOS; SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A polícia realizou ontem em várias regiões do Estado do Rio operações de busca do cativeiro do estudante Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho, 21, sequestrado em 25 de outubro. As buscas fracassaram. Policiais civis e militares procuraram Vieira Filho ao norte do Rio, nos municípios de Niterói e Itaboraí e na região dos Lagos (litoral norte do Estado).
A principal ação de ontem ocorreu em Niterói. Três favelas -Coréia, Nova Brasília e Estado- foram vasculhadas em ação conjunta da DAS (Divisão Anti-Sequestros), 12º BPM (Batalhão de Polícia Militar) e CPI (Comando de Policiamento do Interior) da PM.
O primeiro morro ocupado foi o do Estado, no centro de Niterói. Durante a operação, a polícia teve a informação de que haveria dois cativeiros no morro da Coréia, no Fonseca (bairro niteroiense).
Um deles seria o de Vieira Filho, filho do presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). "Entramos em toda as casas até ter a certeza de que não havia cativeiro", disse o coronel Antônio Carlos Garcia, 47, comandante do CPI.
Durante a ação na Coréia, policiais viram um homem fugir rumo à vizinha favela Nova Brasília. A Nova Brasília foi invadida, mas não se encontrou qualquer cativeiro. Na favela, a polícia achou o corpo de um homem de cerca de 35 anos, um suposto traficante que, segundo moradores da área, foi morto há dois dias.
Além de Vieira Filho, há mais oito sequestrados no Estado. Informações recebidas pela DAS indicam que Vieira Filho pode estar no litoral norte. Todos os acessos da região dos Lagos estão sendo vigiados. A polícia vistoria carros e caminhões suspeitos que passam pelas barreiras nas estradas.

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