São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Tradição vem da Índia, diz chinês

SILVANA DE FREITAS
DA ENVIADA ESPECIAL A PETROLINA (PE)

O chinês Atom Inoue, 51, defende o reconhecimento da urinoterapia pelo Ministério da Saúde. Inoue diz que o tratamento resgata uma tradição milenar da Índia. Ele afirma ser formado em medicina na China e no Japão e ter desenvolvido a terapia na Nicarágua.
O ministro da Saúde, Adib Jatene, disse que não tinha conhecimento da terapia.

Folha - Qual é o fundamento da urinoterapia?
Atom Inoue - O princípio é de que a urina tem muitos anticorpos produzidos pelo corpo. Não é, em nenhum sentido, suja e tem grande eficácia. Ela é um dejeto que tem substâncias que o corpo eliminou pelo seu próprio metabolismo.
Folha - Quando e como o sr. começou a estudar a terapia?
Inoue -Estudo há sete anos e tomo há cinco. Geralmente, tomo pelo menos 1,5 litro por dia e até quatro no fim de semana. E fico um dia em jejum. Estamos resgatando uma tradição de 5.000 anos da Índia. Ela se desenvolveu com o respaldo das religiões, inclusive do Cristianismo. Os estudos são de uma equipe do Hospital Natural da Nicarágua, em Manágua.
Folha - O sr. não tem autorização do Ministério da Saúde no Brasil para difundir a terapia no país. Essa autorização não é necessária?
Inoue -O Ministério da Saúde da Nicarágua nos proibiu de difundir essa prática durante quatro anos. Foi uma luta. Há dois meses, a terapia foi reconhecida. Espero que o governo brasileiro também reconheça.

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